“Cidade Maravilhosa, cheia de encantos mil
Cidade Maravilhosa, coração do meu Brasil”
A marchinha de carnaval composta por André Filho se tornou o hino do Rio de Janeiro, mas não pense que foi ela quem deu o título à cidade, viu? Isso porque, as origens do termo Cidade Maravilhosa são bem incertas.
Algumas pessoas apontam que o escritor maranhense Coelho Neto, no seu artigo intitulado ‘Os Sertanejos’, publicado no jornal A Notícia, em 1908, foi quem cunhou o termo pela primeira vez. Já outros apontam que a origem, na verdade, é francesa, mais especificamente da escritora Jane Catulle-Mendès, no livro de poemas La Ville Merveilleuse, publicado em 1913.
Um lugar repleto de riqueza cultural
Independente da origem, foi com a marchinha de André Filho, composta em 1934 e regravada nas vozes de diversos cantores no decorrer das décadas. A mais recente de Caetano Veloso, de 2016.
Nesta década, a cidade realmente vivia em seu auge. Com um investimento crescente nas artes e arquitetura e chamava, cada vez mais, a atenção internacional – muito por influência da saudosa Carmen Miranda, não esqueçamos disso!
Com o passar dos anos, muita coisa mudou na capital fluminense. Ela deixou de ser a maior cidade brasileira na década de 80 – perdendo o posto para São Paulo – e teve um aumento nos índices de criminalidade, mas, ainda assim, a capital Art Déco do hemisfério sul ainda é o principal destino de turistas estrangeiros no Brasil. E, convenhamos, motivos não faltam!
Confira, então, o que você não pode perder em toda a riqueza cultural que só o Rio de Janeiro possui:
Um breve resumo de sua história
Enquanto ainda era colônia portuguesa, o Brasil teve um desenvolvimento lento. Isso também valeu para a cidade, que, em meados do século XVII, já era a mais populosa do país – com impressionantes 30 mil habitantes.
Toda essa gente fez com que a cidade se tornasse a capital do país, em 1763, e assim ficou por quase 200 anos.
A cidade começou a se desenvolver mesmo a partir de 1808, quando a Família Real portuguesa veio para o Brasil e instaurou bibliotecas, bancos e ampliações e a cidade se tornou um importante centro comercial.
Uma curiosidade bem interessante: sabe a pronúncia chiada do X, típico do sotaque carioca? Ele surgiu justamente com a vinda da família real e o aumento do português de Portugal em terras tupiniquins.
Na época, o sotaque chiado denotava uma pessoa de elevada classe social, por isso, havia o esforço da população de adotar o sotaque e ser ‘bem-visto’ nas ruas.
Muitas das construções deste período colonial ainda estão presentes na cidade, e conhecer o Centro Histórico do Rio de Janeiro é uma das maiores surpresas que você pode ter. O investimento nas artes e arquitetura fez dela uma grande ‘mecenas’ das artes brasileiras durante décadas.
Arte e arquitetura
Além de construções tipicamente coloniais, como o Paço Imperial, o Jardim Botânico e o Real Gabinete Português – este último uma verdadeira joia escondida no Centro Histórico, a cidade mudou sua fachada com o decorrer das décadas, mas isso não a fez perder sua identidade.
Nos anos 30, a cidade ganhou o título de Capital do Art Déco da América Latina, e hoje, estima-se que a cidade toda tenha em torno de 400 edifícios com essa estética empregada nas suas fachadas e estruturas. O primeiro prédio construído na cidade, o edifício A Noite, erguido em 1929, é um dos mais clássicos exemplares da estética.
Mas o maior marco de todo o Art Déco da cidade surgiu em 1931.
Cristo Redentor
A iniciativa para construir essa estátua começou 10 anos antes, quando Dom Sebastião Leme lançou a Semana do Monumento, com o propósito de arrecadar fundos para a construção da estátua.
Com projeto do engenheiro Heitor da Silva Costa e do artista plástico Carlos Oswald, a estátua de 30m de altura e mais de mil toneladas foi inaugurada no dia 12 de outubro de 1931.
O Cristo Redentor é a maior estátua art déco do mundo! E, além de ser o principal cartão-postal carioca, também é considerada uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Por isso mesmo, ela precisa ser vista de perto por todo mundo que conhece uma das cidades mais lindas do mundo!
Árvores e concreto andando de mãos dadas
Não falamos que a cidade é linda apenas para inflar o ego dos cariocas, mas sim, porque é a verdade absoluta!
A cidade é uma referência mundial no que diz respeito ao processo de urbanização de grandes metrópoles mas respeitando a fauna e flora típicas da Mata Atlântica. Mestres do paisagismo aplaudem qualquer cidade que cumpra esse feito.
Mas, ao mesmo tempo que os jardins e parques dessa cidade são bem conservados, as praias também não podem ficar de fora, e as de Ipanema e Copacabana alcançaram renome mundial. Com seu mar de cor azul profundo e ondas excelentes para um mergulho mas também para a prática de surfe.
Uma voltinha na Lagoa Rodrigo de Freitas também não pode ficar de fora! Parar para tomar um café ou almoçar num dos vários restaurantes com vista panorâmica para toda a cidade. Um verdadeiro sonho.
No fim das contas, o título faz sentido, não é?
Apenas uma cidade que mescla as linhas sinuosas de suas calçadas com os traços retilíneos das palmeiras que delas emergem conquista o epíteto de Cidade Maravilhosa.
A cidade que inspirou artistas como J. Carlos, escritores como Clarice Lispector e Manoel Carlos e artistas da bossa nova como João Gilberto e Tom Jobim tem tudo para ser a fonte de inspiração para você também se apaixonar.
Muitos de nossos cruzeiros possuem roteiros que passam pelo Rio de Janeiro. Se você quer tomar um banho de mar e de cultura, a cidade não pode ficar de fora da sua lista de destinos para conhecer!
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